
Carlos Fernando Costa da Silveira
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Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos [2012]
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Nasceu a 17 de abril de 1923 e estudou no Liceu de Camões onde desenvolveu queda para as letras e para a música. [1][2]
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Licenciou-se em Farmácia na Universidade do Porto em 1945 e, aos 24 anos, exerceu funções na Farmácia das Forças Armadas.[1][2]
Desenvolveu a sua carreira militar e ascendeu ao posto de capitão-de-mar-e-guerra. Na Marinha, foi o primeiro Diretor do Laboratório de Análises Fármaco-Toxicológicas da Marinha, subchefe da Farmácia do Hospital da Marinha e subdiretor do Serviço de Saúde Naval e deu os primeiros passos naquilo que hoje se denomina a Farmácia Clínica. Tornou-se catedrático na Universidade de Lisboa e, anos mais tarde, participou na criação do Centro de Metabolismos e Genética. Foi ainda Presidente do Conselho Científico dessa Faculdade de Farmácia. O seu trabalho marcou, desde logo, uma grande viragem na Farmácia Hospitalar Portuguesa, pelo facto de ter contribuído para o projeto de estruturação da Farmácia Hospitalar em Portugal (Decreto-Lei nº 44204/1962) que, mais tarde, fez com que todas as farmácias hospitalares dos hospitais regionais tivessem um farmacêutico em funções.[1][2]
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Foi eleito como secretário do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos no triénio de 1951-1954, onde assumiu a presidência deste órgão entre 1954 e 1960. Durante este percurso, priorizou a constituição formal da Ordem dos Farmacêuticos e em 1957 participou na génese da Comissão Técnica de Medicamentos.[1][2]
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Entre 1961 e 1974, exerceu funções no Ministério da Saúde, intervindo na génese da Comissão Técnica de Medicamentos. Entre 1974 e 1976 foi membro da comissão instaladora do Instituto Ricardo Jorge. Participou na formalização da Ordem dos Farmacêutico, assumindo a sua liderança enquanto Bastonário entre 1989e 1995 onde deu relevo aos aspetos assistenciais da profissão em meio hospitalar e comunitário. Em 1995 regressa ao Instituto Ricardo Jorge para presidir a Comissão de Fiscalização, órgão responsável pela fiscalização e acompanhamento do Instituto. Em 2005 foi membro da Comissão de Ética do mesmo.[1][2]
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Foi, durante a sua vida, distinguido em vários momentos, iniciando pela atribuição da medalha de serviços distintos da Armada. Em 1962, foi agraciado pelo Presidente da República com o grau comendador da Ordem Militar de Avis e em 1989 foi homenageado com a Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos. Em 2010, foi distinguido pelo Prémio Nacional de Saúde pela Direção-Geral de Saúde. Em 2012 foi distinguido com a Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos, a mais alta distinção atribuída pela instituição.[1][2]
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[1] Revista Saúde
[2] Revista da Ordem dos Farmacêuticos
