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Maria Odette Santos Ferreira

Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos [2012]

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Maria Odette Santos Ferreira nasceu em Lisboa, a 4 de junho de 1925. Licenciou-se em Farmácia no ano de 1970, doutorou-se na Universidade de Paris Sud, em França, e chegou a Professora Catedrática de Microbiologia em 1987. A sua vida foi uma missão ao serviço da Universidade de Lisboa e do Serviço Nacional de Saúde na área da infeção pelo VIH/sida. [1]

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Na década de 70 iniciou a sua colaboração com o Instituto Pasteur de Paris e na década de 80, trabalhou de forma continuada com o Instituto Pasteur de Paris, Unité d’Oncologie Virale com o Prof. Luc Montaigner, onde desenvolveu treino nas técnicas de deteção do lymphadenopathy AIDS virus (LAV). É desta forma que, mais tarde, consegue proceder ao isolamento do 2.º vírus da SIDA- LAV 2, num doente guineense internado no Hospital Egas Moniz. [1]

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A partir da década de 80 toda a sua atividade científica se centrou no estudo da infeção pelo VIH/sida, em particular pela infeção do VIH tipo 2.  Esta descoberta, feita em colaboração com a equipa do Prof. José Luis Champalimaud, do Hospital de Egas Moniz, veio revolucionar o mundo do diagnóstico serológico e contribuiu para que Portugal e a Unidade de Retrovírus e Infeções associadas (URIA) se expandisse e concentrasse importantes linhas de investigação na área dos retrovírus. [1]

 

Foi coordenadora do Programa Nacional de Luta Contra a SIDA entre 1992 e 2000. Neste âmbito desenvolveu inúmeros projetos e representou Portugal ao mais alto nível das instâncias da saúde internacionais. Foi autora do projeto de troca de seringas nas que farmácias tinha como finalidade diminuir o risco de transmissão do VIH e de outras doenças transmissíveis (hepatite B e C) à população toxicodependente por via endovenosa e que foi considerado pela Comissão Europeia o melhor projeto apresentado por um país comunitário. É autora de inúmeros projetos neste âmbito. [1]

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Foi alvo de variadíssimos prémios, distinções e homenagens. Entre outras, foi nomeada pelo governo francês, em 1975, "Chevalier dans l’Ordre des Palmes Academiques”, pelo seu desempenho no fortalecimento da cooperação científica entre Portugal e França, e, em 1987, "Chevalier de la Légion d’Honneur”, pelo talento e mérito que a levaram a uma descoberta da maior relevância no quadro das investigações da sida. Em Portugal, foi agraciada pela Presidência da República, em 1988, com o "Grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada”, pelo renome internacional granjeado que muito contribuiu para o prestígio de Portugal. Em 2018 com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, o mais alto grau desta Ordem de Mérito portuguesa, que se destina a galardoar serviços prestados à causa da educação e do ensino. Em 2016, foi distinguida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) com a Medalha de Mérito. A Ordem dos Farmacêuticos atribui-lhe como reconhecimento do seu vasto trabalho, a Medalha de Honra em 1989 e em 2012 com a Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos. Com o propósito de contribuir para a promoção e dinamização da investigação em Saúde Pública por farmacêuticos em Portugal, a Ordem dos Farmacêuticos criou ainda, em 2010, um prémio de investigação científica com o seu nome, designado por Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira. Foi ainda agraciada com  o Prémio Universidade de Lisboa em 2006 e recebeu, em 2013, o colar do Prémio Nacional de Saúde. [1]

 

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Faleceu em 2018 com 93 anos.[1] 

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[1] Ordem dos Farmacêuticos.

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